Apicultura: O meu primeiro desdobramento

Desdobramento-Enxames-4.jpg   As aventuras na apicultura continuam e neste segundo ano, decidi fazer o primeiro desdobramento. Fui acompanhado pela melhor ajudante que já é mais entusiasta que eu neste recente hobbie, a minha mãe. 

    Dizem os entendidos que fazer o desdobramento é algo técnico, mas ter “sorte” também ajuda, pelo menos na técnica que apliquei, o desdobramento por orfanização.

    O processo que apliquei resumiu-se em cada colmeia a:

– Verificar que a colónia era forte (muitas abelhas em todos os quadros);

– Dividir os quadros de abelhas em duas colmeias/núcleos, tendo a preocupação de ter disponível postura do dia e pelo menos um quadro com mel e pólen;

– Usei quadros com cera puxada disponíveis do ano anterior. Espero que isto ajude a um crescimento mais rápido da nova colónia;

– Levar a nova colmeia/núcleo a 2 km de distância, para não correr o risco que as abelhas voltassem ao local original;

– Alimentar ambas as colónias com alimento líquido, para ajudar na recuperação.

    Ficamos assim no final com uma colmeia/núcleo com a rainha e a outra terá que se “fazer à vida” e desenvolver uma nova rainha.

    Ter postura do dia e larvas com menos de 3 dias garante que a larva seja sempre alimentada com geleia real o que poderia ajudar à criação de uma melhor rainha. Nem sempre isto acontece, porque o principal objetivo das abelhas desde o primeiro minuto será lutar pela sobrevivência da colónia e não por ter uma rainha perfeita. Uma vez garantido o futuro, caso a rainha não tenha as características esperadas o mais provável é que a colónia se encarregue de criar uma rainha com melhores características.

   Existem outros métodos tais como a semi-orfanização ou inclusive a introdução de uma rainha já fecundada que poderiam reduzir os riscos e trazer melhores resultados desde o primeiro instante. Tentarei aplicar uma destas técnicas no futuro!

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